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Icterícia por Baixa Ingesta

Bom, esse foi o nosso primeiro susto com o Caio. Na verdade, segundo, depois do nascimento dele =)


O Caio nasceu prematuro com 35 semanas, pesando 2,610kg. Devido ao baixo peso e ao meu leite ainda não estar saindo direito, as enfermeiras complementavam com fórmula e, a cada seis horas, entravam lá no quarto para tirar sangue do pezinho dele para medir a glicose. Sei que era para o bem dele, mas me dava uma dor no coração; ele lá, quietinho, daí chegava uma enfermeira e furava ele.


No segundo dia, resolvemos fazer um teste, não íamos dar fórmula e iríamos testar o meu peito. Se nas próximas seis horas, a glicose dele estivesse ok, poderíamos liberar a fórmula e ficar só com o peito. Mas não foi o que aconteceu; a glicose dele baixou drasticamente, ficando quase no limite de um problema maior. Voltamos com a fórmula e a glicose voltou a subir.


A pediatra queria que ficássemos mais uma noite pois estava preocupada com o peso e a alimentação dele, mas devido à minha insistência em ir embora e a promessa que eu iria dar fórmula em casa, ela nos liberou.


O problema começou quando fomos ao pediatra que escolhi (super famosinho e "natureba" até demais). O certo seria voltarmos com 7 dias, mas como ele tinha uma viagem, fomos no outro dia que chegamos do hospital, ou seja, Caio tinha 3 dias.


E ele, prontamente, falou para eu não dar mais fórmula porque, segundo ele, eu estava cheia de leite. Suspendemos a fórmula e ficamos só no peito. A partir do quinto dia, Caio começou a ficar amarelinho. Mandei mensagem para o pediatra, que me respondeu: "Coloca ele no sol".


No sétimo dia, voltamos à maternidade, pois tínhamos marcado com a consultora de amamentação, que queria nos ver depois de uma semana para ver como estávamos nos saindo. Agradeço todos os dias por ela e a pediatra do parto existirem! Ela viu que ele estava amarelo, perdendo peso e pegou o equipamento que mede os níveis de bilirrubina no sangue. O nível dele estava no limite da internação.


Voltamos para casa, tentamos contato com o pediatra, mandei mensagem explicando tudo (por escrito e não por voz), e ele visualizou e não respondeu. Mandamos mensagem para a pediatra que ele deixou no lugar dele e ela também visualizou e não respondeu.


Então entramos em contato com uma pediatra da família e, pelo relato, ela logo identificou que era por baixa ingesta, ou seja, ele estava com icterícia por uma oferta inadequada de leite materno. Ela falou para dar o peito e complementar com a fórmula. E eu comecei a dar a fórmula e complementar com o peito. Ver o seu filho amarelo e perdendo peso (ele chegou a 2,250kg) era terrível.


Dois dias depois, voltamos na maternidade (graças a Deus tínhamos esse canal com a consultora e a pediatra do parto) para pesá-lo e medir os níveis de bilirrubina. Para nossa felicidade, ele tinha engordado 12g e os níveis tinham diminuído!!! Agora era continuar o que estávamos fazendo e comemorar.


Entretanto, se você procurar no Dr. Google, lá fala que o normal é o bebê ficar amarelo por uns 15 - 20 dias, no máximo. Depois disso, tem-se que investigar o que estava acontecendo.


Mesmo com o peso recuperado e engordando, o Caio ficou amarelinho até os dois meses de idade. Foi o nosso terceiro susto. A nova pediatra (mudamos daquele primeiro por motivos óbvios!) achou melhor colhermos o sangue para ver se estava tudo bem. Nova pesquisa no Google, novo desespero. Falava-se até em transplante de fígado.


Felizmente, ele não tinha nada! Esse foi o tempo que o organismo dele levou pra recuperar e é isso!


Tenho a fórmula como uma grande amiga e aliada. Quando ele tinha uns 4 meses, fiquei 24 dias só no peito e, o resultado foi que, em 30 dias, ele só engordou 100g. Voltei com a fórmula e nunca mais saímos.


Essa foi a nossa saga da icterícia. Espero que ajude ou conforte as mães que estão passando pela mesma situação!



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